Yama e Niyama fazem parte do segundo capítulo do Yoga Sutra de Patanjali, que é considerado um importante tratado de Yoga. Apesar de antigos, são ensinamentos atuais e para a vida diária. São universais, ecumênicos e abrangentes.
Podemos entender a prática de Yoga, como um processo de examinar nossos comportamentos e atitudes habituais e suas consequências. Quando nos propomos a uma avaliação individual, temos que levar em conta vários pontos de vista.
Assim, não existe nada mais certo que a observância de Yama e Niyama, que abrangem todas as facetas do ser humano, tanto no plano físico como mental e espiritual. YAMA é a atitude que temos com as coisas e pessoas ao nosso redor, o relacionamento com o que é externo a nós. São disciplinas éticas. Os grandes preceitos que transcendem credos, países, idade e tempo. São de aplicação universal. Regras de moralidade para a sociedade e para o indivíduo. São eles:
AHIMSA – Não ser violento
SATYA – Dizer a verdade
ASTEYA – Não roubar
BRAHMACHARYA – Contenções
APARIGRAHA – Não ser possessivo
NIYAMA é o relacionamento consigo mesmo com o que é interno. São regras de conduta (atitudes) aplicadas a disciplina individual, que visam a organização da vida interior e reestruturação da personalidade. São eles:
SHAUCHA – Pureza
SAMTOSHA – Contentamento
TAPAS - Disciplina
SWADHYAYA – Estudo das Escrituras Sagradas e de si mesmo
ISHVARAPRANIDHANA – Dedicação ao Divino, dedicação a um ideal
Estudando e praticando Yama e Niyama saímos da condição de criaturas envolvidas pelo meio ambiente que nos conduz, para passarmos à categoria de condutores de nossas potencialidades em desenvolvimento. O auto aprimoramento se instalará em nosso ser, trazendo um sabor de felicidade a nossa vida e a certeza de termos encontrado o rumo certo para se alcançar a paz interior.
Cristina Maria Marchesi
Fonte: Textos de T.K.V. Desikachar, Pedro Kupefer, Swami Satchidananda.